Casa acessível e funcional pra todas as idades
- Suellen CS

- 1 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de jul.
A gente fala muito sobre conforto, estética, sustentabilidade... mas tem um ponto que sustenta tudo isso: segurança. Especialmente quando a casa é compartilhada com crianças, idosos, pessoas com mobilidade reduzida ou quando a ideia é receber bem — seja no dia a dia ou por temporada.

Adaptar um espaço pra ser acessível não é sobre “ficar com cara de hospital”. É sobre projetar com inteligência, empatia e antecipação. Pensar em quem mora, quem visita, quem envelhece. É sobre liberdade de ir e vir — com autonomia e segurança.
E isso tem impacto real.
Só no Brasil, o SUS registra cerca de 100 mil internações por ano por quedas de pessoas com mais de 60 anos. E sabe onde a maioria dessas quedas acontece? Dentro de casa. Um degrau mal planejado, uma quina afiada, um banheiro escorregadio. Tudo isso vira armadilha. E o que poderia ser evitado, acaba sendo um susto — ou um trauma.
Além disso, a acessibilidade hoje é um diferencial valorizado no mercado. Hospedagens adaptadas recebem mais destaque em plataformas como o Airbnb, que lançou em 2022 a categoria Adapted com filtros específicos para acessibilidade. Só nos primeiros meses, os anfitriões cadastrados nessa categoria movimentaram milhões em reservas. Ou seja, quem reforma com acessibilidade também investe na valorização do imóvel.
A seguir, 5 pontos que a gente considera essenciais em reformas seguras e acessíveis — e que cabem em qualquer casa:
1. Piso de pequeno formato e antiderrapante
Piso grande escorrega. Piso brilhoso também. E rejunte largo pode virar armadilha. Usar peças menores, com textura leve e bom coeficiente de atrito, evita escorregões em ambientes úmidos (banheiro, cozinha, área externa) e ajuda na leitura do espaço pra quem usa bengala, muletas ou anda com dificuldade.
2. Cantos arredondados nos móveis e paredes
Tropeçou? Bateu? Que seja num canto suave. Móveis com quina viva aumentam o risco de cortes e hematomas. Arredondar os cantos traz mais segurança — especialmente pra crianças que estão descobrindo o mundo (e os móveis da sala) e pra idosos com a pele mais sensível.
3. Iluminação automática com sensor de presença
Nada de tropeçar no escuro. Instalar luzes com sensor em corredores, banheiros e áreas de passagem facilita a circulação noturna — sem precisar tatear parede nem acordar os outros com luz forte. E ainda economiza energia.
4. Portas com no mínimo 81 cm de largura
Essa medida não é aleatória: 81 cm é o mínimo necessário pra passagem de cadeira de rodas, carrinhos de bebê ou andadores. Portas mais largas também facilitam mudanças, circulação com compras ou malas. E no dia que você ou alguém da sua família precisar de mobilidade assistida, já estará tudo pronto.
5. Banheiro acessível, bonito e prático
Não precisa ter cara de hospital pra ser seguro. Um box sem degrau, barras de apoio bem posicionadas, bancada mais baixa com espaço livre embaixo, vaso sanitário com altura adequada — tudo isso facilita o uso por qualquer pessoa. E sim, dá pra fazer isso com estética e aconchego.
Reformar com foco em acessibilidade é cuidar de quem já está na casa e de quem ainda vai passar por ela. É pensar em segurança sem abrir mão da beleza. É preparar a casa pra todas as fases da vida — inclusive a sua.
E se for pra alugar por temporada, melhor ainda: você amplia seu público, valoriza o imóvel e se destaca num mercado que já está acordando pra isso.
Quer tornar sua casa mais segura, acessível e inteligente — sem perder a estética?
Me chama. A gente pensa juntas em soluções bonitas, discretas e eficazes.Seu espaço pode (e deve) acolher todas as idades com conforto, segurança e afeto. 💛


